Obesidade e Síndrome Metabólica

A obesidade caracteriza-se pelo acúmulo de gordura corporal, sendo considerada uma doença crônica. Esse acúmulo causa sérios problemas à saúde das pessoas, podendo levar os indivíduos, até mesmo, à morte. Essa doença é classificada em graus: leve, moderado, grave, ou mórbida.

A classificação proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para diagnosticar a obesidade é feita a partir do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). Para chegar a esse número, é preciso dividir o peso do paciente pela sua altura elevada ao quadrado. Quando o resultado fica entre 18,5 e 24,9kg/m² o peso é considerado normal. Contudo, quando esses valores ficam entre 25,0 e 29,9 kg/m², considera-se que a pessoa tem sobrepeso. Acima desse valor, o indivíduo já é considerado obeso.

O impacto da obesidade na vida das pessoas pode ser muito grande. O acúmulo de gordura no organismo aumenta o risco de várias doenças, como o Diabetes Mellitus tipo 2, a hipertensão arterial, dislipidemia (alterações do triglicerídeos e do colesterol), apneia do sono, esteatose hepática (acúmulo de gordura no fígado), infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e alguns tipos de câncer.

Obesidade-e-Síndrome-metabólica

Embora o sedentarismo e a alimentação inadequada tenham muita relação com o crescente número de obesos em todo mundo, fatores genéticos são importantes determinantes na gênese desta doença.

Síndrome Metabólica

A síndrome metabólica é o conjunto de fatores de risco em uma mesma pessoa. Ou seja, seria a combinação de várias doenças decorrentes do excesso de peso, dentre elas, destacam-se: diabetes, hipertensão, alterações de colesterol e triglicérides. É a principal causa de mortalidade, em todo o mundo, relacionada à doença cardiovascular.

A base da síndrome metabólica é a resistência à ação da insulina, por isso ela também é conhecida como síndrome da resistência à insulina. Esse hormônio é responsável pelo metabolismo da glicose em nosso organismo.

Os fatores que contribuem para o desenvolvimento da síndrome metabólica são: genética; obesidade, sobretudo, a central (que é quando o excesso de gordura se acumula na região abdominal); e sedentarismo. A síndrome é considerada uma doença da civilização moderna, devido aos hábitos alimentares e a falta da prática regular de atividades físicas.

Tratamento para a obesidade e a síndrome metabólica

A base do tratamento e prevenção da síndrome metabólica é a perda de peso. O controle da obesidade, com reduções modestas de peso, já pode trazer grande benefício. Manter uma alimentação saudável, pobre em gordura, e realizar atividades físicas regularmente também é importante. Esses não são apenas cuidados, mas, sim, partes fundamentais do controle, pois ajudam a diminuir a resistência à insulina, um dos principais fatores determinantes da síndrome.

Além disso, pode ser necessário que o paciente faça o tratamento específico das condições associadas à hipertensão e à dislipidemia. O endocrinologista pode receitar medicamentos que auxiliem no processo de emagrecimento, e sensibilizadores da ação da insulina, que ajudam a reduzir o açúcar no sangue. Muitos desses medicamentos também atuam na redução do risco cardiovascular.